Pipoca para os mercenários

7 de jul. de 2011

Indignados com a campanha do Atlético no Campeonato Brasileiro, torcedores fizeram forte protesto no desembarque da delegação no Aeroporto de Confins, nesta quinta-feira à noite, quando o time voltou de Fortaleza, onde perdeu por 3 a 0 para o Ceará, na terceira derrota consecutiva por placar elástico na competição – fora derrotado por 4 a 1 pelo Flamengo e por 4 a 0 pelo Internacional.

Munidos com pipoca e alguns usando nariz de palhaço, os torcedores gritaram ‘timinho’, ‘time sem vergonha’.
Sob forte vaia e mais hostilização, os jogadores foram protegidos por seguranças do Atlético e por policias militares até chegarem ao ônibus. Tentativas de agressão foram contidas pela PM – o volante Richarlyson partiu para cima de um torcedor e só não o agrediu porque um policial interveio. Nenhum atleta deu entrevista.

Primeiro a deixar a sala de desembarque, o técnico Dorival Júnior foi alvo de cobranças, mas não tão duras quanto as dirigidas ao elenco. O presidente Alexandre Kalil, que não estava presente, também não foi poupado.



SEGINHO PROMETE MAIS TRABALHO


Ao deixar a Cidade do Galo, neste município, na noite desta quinta-feira, após enfrentar protesto de torcedores no Aeroporto de Confins, o volante Serginho atendeu ao pedido de cinco jovens atleticanos, desceu de seu carro e conversou com o grupo. O jogador, revelado na base atleticana, ouviu desses torcedores pedidos de mais raça e vontade durante os jogos.
Com tranquilidade, Serginho prometeu aos atleticanos trabalhar muito para sair da situação. O time atleticano entrou na zona de rebaixamento, com oito pontos, na 17ª colocação, por causa da vitória do Coritiba sobre o Figueirense, por 3 a 0, e do empate entre Botafogo e Atlético-GO, em 1 a 1.
“É trabalhar, trabalhar, trabalhar. A gente já trabalha, mas temos que trabalhar muito mais, não tem outra solução”, afirmou Serginho aos atleticanos. Em entrevista  o volante defendeu a permanência do técnico Dorival Júnior.
“Não vejo que o Dorival deva sair, não acho isso. A culpa não é só dele, os jogadores e a diretoria também tem sua parcela grande de culpa. O Dorival é grande treinador e grande pessoa, está trabalhando forte”, comentou Serginho.
Sobre a manifestação no Aeroporto de Confins, quando cerca de 50 torcedores, com nariz de palhaço, protestaram, pediram mais raça e xingaram os atletas, Serginho lembrou que essa não é a primeira vez que enfrenta uma situação dessas.
“Isso já aconteceu outras vezes, a gente fica triste com essas coisas, mas entende o lado do torcedor, que tem todo o direito de cobrar dos jogadores e dos dirigentes, mas podem ter certeza que não existe nada de corpo mole. Somos todos profissionais e, com certeza, ninguém quer ver o Atlético nessa situação”, enfatizou Serginho.
Ele disse não acreditar que existam jogadores insatisfeitos com o clube ou com o treinador. “O que vejo são jogadores tristes pelo momento do Atlético. Mas, se tiver alguém insatisfeito deve ir à diretoria e pedir para sair”, comentou o volante atleticano.

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