Virou rotina,Galo perde mais uma no Brasileirão

25 de jul. de 2011

O retorno ao Ipatingão não foi suficiente para dar novo impulso ao Atlético no Campeonato Brasileiro. Mesmo voltando ao palco onde possui bom aproveitamento, conquistou vitórias importantes e sempre teve o apoio da torcida, o Galo não fez o dever de casa e saiu de campo com mais uma derrota em um jogo marcado por pênaltis que provocaram reclamação dos mineiros. O ex-atleticano Diego Souza fez os dois gols dos cariocas, enquanto Magno Alves descontou.

O resultado foi muito ruim para o Atlético, que continua em situação delicada no Brasileiro. Com 11 pontos, o time alvinegro se manteve perto da zona de rebaixamento. O Vasco, que almejava entrar na briga pela ponta, cumpriu o objetivo e foi premiado pela atuação melhor no segundo tempo. Os cruz-maltinos somaram 18 pontos e pularam para o grupo dos quatro melhores, o chamado G-4.


A partida deste domingo foi marcada pela polêmica da arbitragem. Os atleticanos reclamaram muito da marcação de dois pênaltis para o Vasco, o primeiro cometido por Réver, que teria tocado a bola com o braço, e o segundo de autoria de Leonardo Silva, que fez falta sobre Bernardo fora da área. Mas o juiz, de forma equivocada, assinalou a penalidade e ainda expulsou o defensor. Na primeira cobrança, o goleiro Giovanni fez uma linda defesa em cobrança de Alecsandro. Na segunda oportunidade, Diego Souza não falhou e garantiu a vitória carioca.

O Atlético continuará em Ipatinga, onde enfrentará o Fluminense, na próxima quarta-feira, às 19h30. Com o fraco aproveitamento no Brasileiro, a obrigação de vitória em casa aumentou para o time alvinegro, que não pode deixar escapar a chance de somar três pontos, novamente com o apoio da torcida. Já o Vasco enfrentará o Bahia, na quinta-feira que vem, em São Januário, para confirmar o bom momento no campeonato.

O jogo

Precisando da vitória para se recuperar no Brasileiro, o Galo tinha como objetivo usar o bom retrospecto no Ipatingão como fator de motivação para superar o perigoso Vasco. A torcida compareceu e deu uma força a mais para os jogadores, que procuraram retribuir em campo. Logo aos 3min, Caio arrancou pelo meio e chutou forte. Fernando Prass levou um susto e chegou a tocar para escanteio, apesar de a bola não ter a direção do gol.

Não faltava vontade ao Galo, e sim qualidade na troca de passes. O Vasco adiantou a marcação e dificultou a saída de bola dos mineiros. Mesmo assim, o Atlético chegou novamente com perigo. Patric recebeu na área e tocou para defesa de Fernando Prass. O Atlético tinha mais volume de jogo, mas não conseguia furar a defesa carioca.

A estratégia do Vasco estava bem definida. Segurar o Galo e investir nos contra-ataques. E foi logo na primeira conclusão a gol que o time cruz-maltino saiu na frente, aos 17min. Depois de um escanteio pela direita, a zaga mineira tirou e a bola sobrou para Julinho. O estreante cruzou na medida para cabeçada certeira de Diego Souza, que comemorou diante do ex-clube: 1 a 0.

Com a vantagem, o Vasco mudou um pouco o posicionamento na marcação. Passou a esperar o Atlético no campo de defesa, formando um bloqueio à frente do goleiro Fernando Prass. O Galo não desanimou com o gol sofrido e continuou buscando a reação. Mas faltava poder de penetração. E quando conseguiu faltou sorte, como em lance de Jonatas Obina, que completou de meia-bicicleta e levou perigo.

A partir dos 30min, a pressão alvinegra aumentou. O Vasco ficou encurralado e quase não passava do meio-campo. Quando parecia que os cariocas conseguiriam levar a vantagem para o intervalo, o Galo chegou ao empate. Aos 40min, Daniel Carvalho descobriu Magno Alves na área. O atacante dominou e, com tranquilidade, tocou na saída de Fernando Prass: 1 a 1. O Atlético poderia ter virado o placar ainda no primeiro tempo, teve chances com os zagueiros Réver e Leonardo Silva, que subiram ao ataque na tentativa de concluir. Mas prevaleceu a igualdade.

Pênaltis e polêmica


No segundo tempo, o Vasco voltou mais presente no ataque. Em vez de esperar o Atlético, adotou outra estratégia, preferindo apostar na manutenção da posse de bola no setor ofensivo. E a tática deu certo, já que os cruz-maltinos melhoraram a produção e quase marcaram o segundo gol. Em cruzamento para a área, Diego Souza se antecipou e tocou de cabeça. A bola tocou no travessão e caiu em cima da linha. Sorte do goleiro Giovanni.

Percebendo a necessidade de ter mais força ofensiva, a torcida do Galo pediu a entrada de Neto Berola. E foi atendida pelo técnico Dorival Júnior, que não perdeu tempo e fez logo duas substituições. Além do veloz atacante, que substituiu Jonatas Obina, o treinador pôs em campo Mancini, na vaga de Daniel Carvalho. Mas o Vasco estava melhor em campo, pressionava e teve a chance de voltar a comandar o placar. Em cruzamento para a área alvinegra, Réver esticou o braço, a bola tocou no zagueiro e quase entrou. O árbitro marcou o pênalti do defensor. Na cobrança, aos 21min, Alecsandro bateu no meio do gol e Giovanni fez uma defesa espetacular, tirando com o pé.

A defesa incendiou a torcida do Galo, mas não o time dentro de campo. O Atlético continuou apático na etapa final, sem conseguir chegar com força ao ataque. Além disso, as substituições processadas por Dorival Júnior não surtiram efeito. Mais bem posicionado e organizado, o Vasco foi melhor durante todo o segundo tempo. Deu trabalho à defesa alvinegra e pecou nas conclusões.

No fim, veio o desastre. Patric perdeu a bola e contribuiu para o gol da vitória carioca. Bernardo foi derrubado fora da área por Leonardo Silva, mas o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, aos 46, Diego Souza não perdoou e bateu sem chance para Giovanni. Depois do apito final, os atleticanos foram reclamar com o juiz, inconformados com a marcação da penalidade. Mas já estava decretada mais uma derrota do Galo no Brasileiro.

ATLÉTICO 1 X 2 VASCO


Atlético

Giovanni; Patric, Réver, Leonardo Silva e Guilherme; Richarlyson, Serginho, Caio (Renan Oliveira) e Daniel Carvalho (Mancini); Magno Alves e Jonatas Obina (Neto Berola)
Técnico: Dorival Júnior

Vasco
Fernando Prass; Fagner, Dedé, Anderson Martins e Márcio Careca; Eduardo Costa (Jumar), Rômulo, Julinho (Bernardo) e Diego Souza; Éder Luís e Alecsandro (Elton)
Técnico: Ricardo Gomes

Motivo: 11ª rodada do Brasileiro
Local: Ipatingão, em Ipatinga
Data: domingo (24 de julho)
Gols: Diego Souza, 17, Magno Alves, 40min do 1ºT; Diego Souza (pên), 46min do 2ºT
Árbitro: Edivaldo Elias da Silva (PR)
Auxiliares: Moisés Aparecido de Souza (PR) e Anderson J.M.Coelho (SP)
Cartões amarelos: Patric, Serginho, Guilherme Santos, Leonardo Silva, Réver (ATL); Anderson Martins, Eduardo Costa (VAS)
Cartão vermelho: Leonardo Silva
Pagantes: 16.100
Renda: R$ 71. 977, 50

via:superesportes

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